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São mulheres que vivem com empregos precários, moradia informal, baixa escolaridade e ausência de cobertura social do Estado. Muitas não possuem meios de obter renda e por isso se sujeitam à dependência de pais ou maridos. Além de assumirem funções domésticas e o cuidado com os/as filhos/as, a condição de dependência econômica frequentemente as impõe situações de exploração dentro de seus próprios lares. Quando saem para o mercado de trabalho, deparam-se com empregos informais e  mal remunerados, nos quais acabam também sendo exploradas por falta de opções devido à sua formação. Além disso, não conseguem melhores oportunidades por não haver tempo para investirem em sua qualificação, dado que realizam uma dupla jornada.

 

Todos esses riscos psicossociais, quando somados ainda aos fatores como parceiros ausentes do lar e apoio familiar insuficiente, produzem profundos sentimentos de insegurança e fazem com que muitas dessas mulheres vivenciem seus sofrimentos de forma solitária e desprotegida.

No contexto de vulnerabilidade, nas camadas mais pobres, é muito comum encontrar famílias chefiadas somente por mulheres, uma vez que são as únicas adultas do lar em condição de serem provedoras. É recorrente que trabalhem apenas para sobreviver e com muito esforço garantem somente moradia e alimentação para seus/suas filhos/as.

O impacto psicológico dessas circunstâncias conduz a sentimentos de desesperança profundos, gerando altos níveis de estresse, ansiedade e quadros depressivos. Muitas delas não possuem expectativas para o futuro e não possuem sonhos.

O Íntimo Colorido considera que uma mãe emocionalmente doente significa uma família doente, que, com outras em conjunto, formam uma comunidade doente. Por essa razão criamos estratégias de empoderamento para mulheres que se encontram em vulnerabilidade social.

Não acreditamos que são mulheres indefesas, dignas de pena ou dó, mas sim pessoas potentes capazes de sugerir soluções para saírem da situação difícil em que se encontram. Temos como premissa primeiramente levar em conta as suas vozes e, em seguida, procurar construir juntas projetos sociais criativos voltados a atender suas necessidades.

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